O jornalismo é o elemento-chave para evitar a estratégia da dúvida
A retórica da dúvida tem sido um mecanismo eficiente para a criação de conteúdos desinformativos, especialmente no âmbito político, notou Carlos Castilho num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
De acordo com o autor, os adeptos da estratégia da dúvida desprezam a lógica e a coerência, acreditando que quanto maior a desorientação do público, menores a probabilidade de serem “desmascarados”.
Para que a estratégia da dúvida alcance os seus objectivos é necessário que o protagonista seja uma personalidade em cargos influentes, e tenha uma ampla divulgação pela imprensa e redes sociais.
O jornalismo torna-se, assim, um elemento-chave no processo, já que é o mecanismo ideal para desmistificar certos dados, contextualizando-os.
Como tal, os jornalistas devem ter em atenção os artigos virais que circulam nas plataformas “online”, para que estes temas não ganhem notoriedade política, num contexto de confrontos entre partidos ou candidatos.
Dezembro 20
Castilho reconhece, ainda, que esta é uma posição delicada, que pode polarizar os jornalistas a nível de ética profissional. Contudo, começa a verificar-se que a maioria dos “media” já assumiu uma posição identificada, a favor da defesa da veracidade.
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