Ormaetxea destacou, igualmente, que a plataforma YouTube sozinha obteve quase 16% do total da publicidade digital, e que “as redes e os motores de busca superam tudo o que é facturado pela publicidade televisiva”, obtendo uma receita de 1.554 milhões de euros, em contraste com os 1.143 da TV.

Estes números tornam-se ainda mais preocupantes quando consideramos os resultados obtidos num relatório da Arcemedia, realizado no passado Outubro, que revelou que os media digitais recebem, apenas, 541 milhões de euros, e a rádio e a imprensa cerca de 273 e 218 milhões de euros, respectivamente.

O autor do texto salientou, também, que o aumento da pirataria de conteúdos digitais contribuiu para a redução da receita dos meios tradicionais, que, segundo o Observatório da Pirataria e Hábitos de Consumo de Conteúdos Digitais, “são os que fornecem informação de qualidade tão necessária num mundo de desinformação avassaladora”.

Ormaetxea alertou, assim, para o mundo em que vivemos, onde o pensamento rápido e sem reflexão aprofundada predomina, o que explica a popularidade das redes sociais e o surgimento de líderes que “desprezam factos e leis”. Apesar de não existirem ainda soluções para estes fenómenos, o jornalista compilou uma lista de acções que podem ser tomadas.

Declarou ainda, ser importante qualquer profissional dos media ser flexível e adaptável a novas e diferentes plataformas, ao invés de desenvolver uma grande dependência de uma única plataforma, já que os objectivos podem mudar a qualquer momento.

Acrescentou, ainda, que os media devem fazer uso de ferramentas como Google Analitycs, Chatbeat ou Crowdtangle da Meta e, no sector jornalístico, não “cair” na onda de desinformação, devendo focar-se na criação de jornalismo original de qualidade. Finalmente, o autor sublinhou que diversificar as fontes de receita e aproveitar ferramentas novas, como o ChatGPT, seriam uma importante ajuda para os media.

(https://www.media-tics.com/noticia/9549/periodismo/las-grandes-tecnologicas-asfixian-a-los-medios-de-comunicacion.html)