Jornalismo popular preenche lacunas dos “media” tradicionais
O jornalismo popular é, normalmente, tomado como uma consequência directa da era digital, mas este conceito está, na verdade, tão enraizado como a noção de cidadania, aponta a investigadora Juliana Freire Bezerra, num artigo para a revista “objETHOS”, reproduzido no “Observatório da Imprensa”.
Não obstante, esta vertente do jornalismo actualiza-se consoante as mudanças e necessidades sociais, e chega, agora, muito mais longe graças aos desenvolvimentos tecnológicos.
Segundo Bezerra, as possibilidades digitais, combinadas com a diversidade cultural e social brasileira colaboram para experiências de jornalismo popular mais ricas, com diversos formatos, linguagens e especificidades editoriais. Em comum, essas iniciativas têm o propósito de gerar conhecimentos sobre a realidades e cultura populares, descuidadas pelo jornalismo “tradicional”. A intenção do jornalismo popular é, então, complementar os “media”, colmatando a falta de cobertura de vários acontecimentos locais.
Março 20
Segundo Bezerra, interessa ao jornalismo popular contemporâneo falar de coisas corriqueiras como o buraco nas ruas, focar a falta de saneamento, e dar destaque aos eventos culturais comunitários.
Quando tratam um assunto de interesse internacional ou nacional o jornalismo popular enfatiza o impacto directo na vida das camadas mais pobres da população.
As experiências actuais de jornalismo popular asseguram, na prática, o direito à comunicação de camadas sociais historicamente excluídas dos espaços de poder. Possibilitam o acesso à informação, bem como à produção de conteúdos, democratizando, em certa medida, o circuito mediático e político.
O jornalismo popular contemporâneo continua, assim, a avançar, consolidando-se como canal de expressão das camadas, normalmente, excluídas dos “media”, almejando a promoção do avanço cultural democrático.
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