Desinformação em análise em ciclo de debates no Estoril
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) organizou um ciclo de debates, no Estoril, no qual a desinformação e o combate à disseminação de notícias falsas estiveram em destaque.
De acordo com o jornal digital “Observador”, este evento contou com a participação da directora de informação da agência Lusa, Luísa Meireles, que sublinhou que o combate à desinformação e à propagação de notícias falsas “nunca está ganho nem garantido”, referindo que as ferramentas de verificação da informação dos jornalistas devem, no contexto actual, ser também apreendidas pelos cidadãos.
“Um jornalista e um cidadão precisam de ter espírito crítico e cumprir as regras: verificar as fontes”, observou aquela jornalista, que sublinhou a importância da análise crítica de todos os conteúdos sobre a pandemia e, igualmente, sobre a invasão da Ucrânia.“Depois de termos a pandemia da desinformação, temos, agora, a guerra da desinformação. É por causa disso que, nos tempos actuais, o jornalista tem de ser muito vigilante. E o cidadão também”, referiu Luísa Meireles.Já o investigador Gustavo Cardoso, do Media Lab do ISCTE, destacou a mudança do conceito de “pessoa informada”, considerando que “a desinformação é um subproduto normal” da forma como os cidadãos comunicam actualmente.“Hoje temos uma situação em que todos nós produzimos informação”, explicou aquele académico, resumindo o desafio que se coloca aos cidadãos no confronto com notícias falsas: “Temos de assumir se queremos pensar que a informação é verdadeira até prova em contrário, ou falsa até prova em contrário”.
Junho 22
Por último, o director da área de comunicações e cibersegurança do INOV INESC, Nelson Escravana, enfatizou a importância do papel da tecnologia para abordar as notícias falsas e a desinformação, defendendo que a vertente tecnológica será sempre “parte da solução”.
Salientando haver ainda “um longo caminho pela frente” nesta matéria, Nelson Escravana alertou que “as redes sociais não estão interessadas em informar, estão interessadas em garantir tempo de antena do utilizador”.
Por isso mesmo, Escravana acredita que a regulamentação da tecnologia é um aspecto essencial para o futuro.
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