Com a pandemia o jornalismo voltou a ser um serviço público
Com a crise pandémica, o jornalismo voltou a assumir-se como um serviço público, adaptando-se, ao mesmo tempo, às necessidades informativas e tecnológicas impostas pela era digital.
Estas foram, pelo menos, as principais conclusões da conferência "Os meios de comunicação face à crise de covid-19", organizada pela Federação de Associações de Jornalistas de Espanha (FAPE).
Esta iniciativa, que decorreu em formato "online'', contou com a participação dos principais editores da imprensa espanhola, como é o caso de Encarna Samitier , directora do programa “20 Minutos”.
Durante o ciclo de debates, Samitier notou que “ a pandemia acelerou a transformação, trouxe-nos de volta às raízes do jornalismo autêntico, do serviço, de estar perto das pessoas”.
Esta afirmação foi ratificada por María Ramírez , vice-directora de elDiario.es, que assegurou que, com a pandemia, os jornalistas foram “obrigados a voltar à essência, ao serviço público, e isso veio para ficar”.
Já Ángel Villarino, director-adjunto do “Confidencial”, recordou que a covid-19 fez aumentar o interesse pelo consumo informativo.
Além disso, Ricardo de Querol, do “El País”, sublinhou que a confiança nos “media” aumentou, já que os cidadãos passaram a recorrer à imprensa para obterem informações fidedignas sobre a pandemia.
Por sua vez, Carlos Franganillo , apresentador do Telediario 2 da TVE , notou que, nos primeiros meses da pandemia, “decisões que levariam anos a implementar tiveram que ser adoptadas em poucos dias”.
Fevereiro 21
Neste âmbito, Franganillo saudou a utilização da tecnologia nos “media”.
“Com as redacções vazias, temos menos probabilidade de trocar opiniões. Contudo o uso de novas tecnologias permite o acesso a muitas partes que antes eram inacessíveis”, disse.
Franganillo alertou, no entanto, para alguns dos riscos do teletrabalho. Isto porque, de acordo com aquele profissional, a nova realidade tem criado barreiras entre os jornalistas e o acesso à informação relevante.
Neste contexto, alguns dos participantes recordaram as primeiras conferências de imprensa com o governo, em que as questões eram pré-seleccionadas por um representante do Palácio da Moncloa.
Perante as mudanças indicadas, os convidados destacaram, igualmente, a necessidade da reestruturação das empresas, focando-se na criação de “paywalls” e de assinaturas pagas.
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