Alunos de jornalismo pessimistas quanto ao futuro em Portugal
A maioria dos alunos de jornalismo está pessimista quanto ao seu futuro profissional, considerando que será difícil encontrar um primeiro emprego, e que os salários serão baixos e precários, de acordo com um estudo da Universidade de Coimbra, citado pelo jornal digital “Observador”.
Conforme indica uma nota enviada à imprensa, os responsáveis pelo estudo realizaram um inquérito junto de 1.091 estudantes, que frequentaram 38 cursos de licenciatura ou mestrado em jornalismo e comunicação social, no ano lectivo 2020/2021.
Do número total de inquiridos, dois terços consideraram, de alguma forma, improvável “encontrar um primeiro emprego no jornalismo”. Uma percentagem semelhante de estudantes admitiu que será difícil conseguir um contrato laboral estável e com um salário condizente com o estatuto e responsabilidade da profissão.
Ainda assim, apenas 2,9% dos alunos admitiram a possibilidade de abandonar o curso para ingressar noutra área de formação e apenas cerca de 10% disseram não ter intenção de trabalhar em jornalismo.
“Os estudantes entram com o objectivo de serem jornalistas e motivados para esse futuro profissional”, disse o investigador João Miranda, realçando, porém, que existe “um paradoxo” face às baixas expectativas que têm para o futuro.O estudo analisou, igualmente, as tendências de consumo noticioso dos alunos, realçando uma forte inclinação para consulta das redes sociais, como o Facebook e o Instagram.
Outubro 21
“Estes dados tendem a acompanhar os resultados de outros estudos, mostrando que há um consumo muito centrado nos meios ‘online’ e também na televisão, mas também de um crescente contacto com as plataformas, o que levanta vários problemas. No Facebook, no WhatsApp ou no Instagram, [o consumo de notícias] é apenas mais um dos usos que fazem, entre outros. As notícias que lhes chegam dependem de outros factores”, notou, ainda, João Miranda.
Aquele investigador realçou, porém, que “não deixa de ser estranha” a popularidade do Instagram, já que esta plataforma privilegia “uma dimensão visual, em detrimento do texto”.
O estudo constatou, também, que a maioria dos inquiridos não gasta dinheiro para consumir informação.
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