Guia de saúde mental para jornalistas e candidatos
Os primeiros meses da pandemia demonstram-se, particularmente, desafiantes para jornalistas e estudantes de comunicação social, que foram confrontados com um sector em crise, e com diversas rápidas mudanças na indústria.
No caso dos jornalistas profissionais, isto representou o aumento do horário de trabalho, como forma de garantir a cobertura noticiosa relacionada com a covid-19, e de ajudar as suas publicações a acelerarem a transição digital. Além disso, muitos profissionais dos “media” ficaram numa situação financeira vulnerável, devido a regimes de “lay-off”.
No caso dos estudantes de jornalismo e comunicação social, a pandemia veio aumentar a incerteza do seu futuro profissional, já que algumas publicações foram obrigadas a encerrar actividade.
Ademais, os estudantes que participam em projectos jornalísticos universitários, disseram-se mais ansiosos e “stressados”, por sentirem necessidade de acompanhar as notícias de última hora, e de informarem os seus leitores de forma rápida e fidedigna.
Assim, a saúde mental dos profissionais e dos candidatos a jornalistas ficou fragilizada.
Perante este cenário, a jornalista Barbara Allen, do instituto Poynter, reuniu várias dicas destinadas a chefes de redacção, para que estes possam ajudar os seus colaboradores a ultrapassar o “stress”, a ansiedade e os momentos de maior incerteza.
Em primeiro lugar, Allen recomendou que os responsáveis pelas publicações realizassem sessões semanais de 30 minutos, com o objectivo de ouvir as preocupações dos jornalistas, assegurando um espaço seguro para a partilha de vulnerabilidades.
Outubro 21
Além disso, no caso do jornalismo universitário, a articulista sugeriu que os chefes de redacção comprassem alguns lanches saudáveis, para garantir a alimentação equilibrada dos jovens, mesmo em momentos de maior carga de trabalho.
Em terceiro lugar, Allen propôs que os chefes de redacção incentivassem os jornalistas a caminharem durante as reuniões informais. Assim, em vez de discutirem as temáticas sentados, podem fazê-lo em movimento, o que ajudará na saúde física e mental.
Por fim, no caso dos estudantes de jornalismo, a articulista sugeriu que os responsáveis preparassem uma plataforma com vagas de emprego e de estágios, para que os jovens se sintam apoiados nas suas escolhas futuras.
Isto será, também, benéfico para os jornais universitários, já que a experiência profissional ajudará os colaboradores a desenvolverem a suas competências de redacção e investigação.
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