“O nosso propósito é fornecer o contacto de jornalistas no terreno, quando há situações de grande conflito”  -  explica Justin Varilek, o autor do projecto. “Assim, quando há notícias de última hora, em qualquer parte do mundo, já existe uma comunidade de especialistas com quem se pode trabalhar.” 

Mesmo que não aconteçam coisas dessa natureza, a plataforma proporciona aos jornalistas uma oportunidade de alimentarem a sua lista de contactos e competências  -  e ganharem algum dinheiro, eventualmente. 

HackPack é aberta e fácil de usar por freeelancers. Depois de registarem uma conta, os utentes podem indicar as línguas que usam, a localidade e as suas áreas de competência. Na base desta informação, recebem regularmente informação sobre subsídios, bolsas, empregos a tempo inteiro ou oportunidades freelance.” 

“Acrescentando o seu número de telefone, passam a estar disponíveis para receber chamadas urgentes para notícias de última hora ou pedidos de serviços rápidos. Há ainda uma newsletter semanal que assinala oportunidades para jornalistas e revela membros da comunidade que podem ser contactados para fazer o seguimento ou o arranque de reportagens.” 

“Os jornalistas também podem usar de modo mais activo o HackPack, propondo artigos directamente aos editores. Quando acontece qualquer coisa em grande no seu país, basta escreverem:  - ‘Está a acontecer isto assim-assim... Eu estou disponível para fazer a cobertura.’ Os editores vão ler e estão em condições de os contactar para pedirem um artigo ou trabalharem como eventuais. As melhores ideias são assim propostas a editores de todo o mundo.” (...) 

Alguns grandes meios já estão a fazê-lo, usando o HackPack para pesquisa de talentos  -  como a NPR – National Public Radio, a BBC e a Spoon Agency

“O próprio Justin Varilek trabalhou como freelancer, e com outros, o suficiente para conhecer as armadilhas deste modo de vida. O seu conselho aos freelancers é a diversificação”: 

“Procurem ter um ou dois empregadores mais ou menos constantes, que dêem para pagar as contas maiores, e depois acrescentem o número de outros clientes que possam trazer mais algum dinheiro e serviços interessantes.” (...) 

“O maior problema de um freelancer é que acaba por se aborrecer”  - diz Varilek. “Uma pessoa está em casa, a escrever artigos, e já não tem esta redacção onde podia falar com as pessoas e conviver. Sendo assim, criámos uma redacção virtual, que se pode levar no bolso.” (...)

 

O artigo aqui citado, na íntegra, na International Journalists’ Network. Mais informação no European Journalism Observatory