Um “livro de académicos” em homenagem a Mário Mesquita
O percurso do jornalista e professor Mário Mesquita foi assinalado no livro “A liberdade por princípio: estudos e testemunhos em homenagem a Mário Mesquita'', da editora Tinta da China.
A obra, com mais de 800 páginas, contou com a coordenação de Carlos Guilherme Riley, Cláudia Henriques, Pedro Marques Gomes e Tito Cardoso e Cunha e foi apresentada, em 15 de Junho, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, conforme é noticiado pelo jornal electrónico “Notícias ao Minuto”.
A ideia do livro "partiu do momento em que Mário Mesquita se aposentou aos 70 anos, ao fim de 40 dedicados ao ensino do jornalismo", disse Pedro Marques Gomes, que é professor da Escola Superior de Comunicação Social.
O livro aborda o percurso do actual vice-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), "desde as lutas oposicionistas ao regime fascista até à democracia, como fundador do Partido Socialista, e também sobre as temáticas a que se dedicou", além da história da contemporânea dos Açores e inclui ainda testemunhos de cariz pessoal. Trata-se, "sobretudo", de um livro "de académicos".
A partir do momento simbólico da sua aposentação, "embora continue a leccionar na Universidade Lusófona, um grupo de académicos juntou-se e convidou uma série de investigadores universitários para contribuírem para um livro de homenagem ao professor Mário Mesquita", prosseguiu o responsável.
A obra "reúne uma série de ensaios sobre o percurso do homenageado e também trabalhos sobre as temáticas às quais [Mário Mesquita] se foi dedicando ao longo do seu percurso sobre os media e o jornalismo e também a História de Portugal e dos Açores, em particular", explicou Pedro Marques Gomes.
"Inclui, também, uma série de testemunhos de várias figuras" sobre Mário Mesquita e uma entrevista ao próprio.
Junho 21
O livro, que levou "cerca de dois anos a ser preparado, até porque se colocou esta questão atual" da pandemia de covid-19, conta com contributos de universitários de várias instituições pelas quais o homenageado passou ao longo da vida, desde a Bélgica até às várias instituições em Portugal, desde "Porto, Coimbra, Universidade Nova, Escola Superior da Comunicação Social, Lusófona e de outras onde ele não passou, mas com figuras com as quais se cruzou".
O objectivo é fazer "uma homenagem em vida e assinalar este marco simbólico em que se retira da universidade pública", sublinhou.
Mário Mesquita, que é vice-presidente do Conselho Regulador da ERC desde 14 de dezembro de 2017, nasceu em Ponta Delgada, Açores, em janeiro de 1950.
Licenciou-se em Comunicação Social pela Universidade Católica de Lovaina e foi jornalista do “República” (1971-1975), director (1978-1986), director-adjunto (1975-1978) do “Diário de Notícias” (DN) e director do “Diário de Lisboa” (1989-1990).
Foi, também, provedor dos leitores do DN entre 1997 e 1998 e ajudou a criar a licenciatura em jornalismo da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, na qualidade de professor associado convidado e foi professor auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa.
Enquanto jornalista foram-lhe atribuídos vários prémios e é autor de oito livros sobre comunicação social.
A apresentação do livro contou com Guilherme d'Oliveira Martins, Jaime Gama, Carlos Guilherme Riley, Cláudia Henriques, Pedro Marques Gomes, Tito Cardoso e Cunha e também com a presença do homenageado.
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