“The Guardian” festeja 200 anos com jornalismo na primeira linha
O jornal britânico “ The Guardian” celebrou, recentemente, o seu 200º aniversário.
E, como forma de assinalar a efeméride, vários editores de publicações internacionais enviaram uma mensagem de tributo à publicação.
O então “Manchester Guardian” lançou a sua primeira edição em 5 de Maio de 1821, em resposta ao massacre de Peterloo. Desde esse dia, o título publicou mais de 54 mil edições e milhões de artigos jornalísticos, conquistando alguns prémios pelo caminho, incluindo um Pulitzer.
Para Christian Broughton, director do “Independent”, o “Guardian” soube “aproveitar um massacre para iniciar um movimento”.
“O massacre de Peterloo foi um incidente único”, disse Broughton. “Enquanto houver realidades difíceis sobre as quais reportar, continuaremos a precisar de jornalistas a exercerem as suas funções, e leitores que reconheçam o seu valor”.
Por sua vez, Marty Baron, do “Independent”, elogiou o “Guardian” por ser uma “fonte de inspiração para muitos”.
“Quando se completam 200 anos enquanto instituição mediática, isso significa que se está a fornecer um serviço público de qualidade”, afirmou.
Já Fran Unsworth, directora da BBC News, considerou o marco de 200 anos como uma “conquista extraordinária”.
“A história do ‘Guardian’ é uma tapeçaria rica em jornalismo de investigação, com responsabilização do poder político e em atenção aos interesses dos seus leitores”, rematou Unsworth.
Da mesma forma, o editor-executivo do “El País”, Javier Moreno, expressou a sua admiração pelo “jornal lançado no século XIX, em Manchester”, que se “tornou numa referência mundial”.
Outros jornalistas destacaram, por outro lado, os esforços da publicação para construir um modelo de negócio sustentável.
Maio 21
“O ‘Guardian’ encontrou métodos que se alinham com o seu ADN”, salientou Juan Luis Sánchez, co-fundador do “site” elDiario.es. “Mudou o seu negócio de forma a conquistar a sua missão, em vez de sacrificar a missão para salvar as receitas”.
Por seu turno, Christian Jensen, editor do jornal dinamarquês “Politiken”, quis prestar homenagem às causas defendidas pelo “Guardian”, como a luta contra a injustiça social e a crise climática.
“Este jornal é o sítio onde muitos jornalistas encontram inspiração para debater sobre o futuro das democracias”, considerou.
Maurizio Molinari, do “La Repubblica”, partilha da mesma opinião, já que considera que as reportagens do “Guardian” ajudaram os italianos a “tornarem-se melhores europeus”.
O “Guardian” recebeu, ainda, uma mensagem de Sérgio Dávila, o editor da “Folha de S. Paulo”, que felicitou o jornal por continuar a defender a liberdade de imprensa, numa altura em que muitos jornalistas enfrentam restrições à sua actividade.
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