Sem jornalismo e comunicação a democracia marca passo…
O jornalismo contemporâneo tem-se dedicado a estabelecer uma relação de proximidade com a academia, de forma a transmitir conhecimento científico e verificado sobre diversas áreas de conhecimento, e com o objectivo de reforçar os níveis de credibilidade dos “media”.
Contudo, perante os desenvolvimentos da era digital, os consumidores passaram a ser bombardeados com uma grande diversidade de informações, nem sempre fidedignas, que são partilhadas através das redes sociais.
Por isso mesmo, mais do que nunca, o jornalismo depende da capacidade de comunicação eficaz dos profissionais dos “media”, que devem conseguir chamar a atenção do leitor, a fim de informá-lo sobre questões de interesse público, considerou Javier Fernandez del Moral num artigo publicado nos “Cuardernos de Periodistas”, editados pela APM, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Conforme apontou o autor, em tempos de pandemia, os jornalistas espanhóis falharam, por vezes, na transmissão de mensagens claras, que informassem os cidadãos de forma objectiva.
Este fenómeno, continuou Fernandez del Moral, fez com que a interpretação dos artigos passasse a depender da interpretação subjectiva (e enviesada) de cada um dos consumidores.
E, perante este cenário, há uma maior probabilidade de que o conhecimento científico e fidedigno não se reflita na opinião pública, condicionando o poder de escolha dos cidadãos, e fragilizando os modelos democráticos.
Novembro 21
Além disso, relembrou o autor, é preciso ter em conta que alguns dos artigos publicados em meios de comunicação foram financiados por empresas, com o objectivo de satisfazer metas económicas e políticas.
Posto isto, é essencial que a academia e as empresas jornalísticas continuem a trabalhar em conjunto, para que o conhecimento científico comece a reflectir-se na vida de todos os cidadãos.
Até porque, conforme sublinhou o autor, “sem jornalismo não há democracia”.
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