Quando os Media apostam nas vendas “online” como negócio
A secção The Strategist, da revista New York, lançada em Novembro de 2016, tem uma equipa de editores a produzirem três artigos por dia, que são publicados nos vários sites de The New York Magazine. Estes editores deixam-se conduzir, com frequência, por produtos que são procurados pelo público, fazem a sua análise e publicam recomendações. As receitas da editora, por esta secção de vendas, triplicaram de 2017 para 2018.
A Meredith, por exemplo, tem muito êxito com a venda de produtos de alimentação baseados em receitas publicadas nos seus sites. No ano passado, associou-se com a eMeals, uma aplicação que planifica e oferece menus seleccionados. O público pode guardar receitas e gerar automaticamente listas de compras semanais com os respectivos ingredientes. (...)
Também a Hearst tem uma equipa de estudos e recomendações de produtos que colabora com vários dos títulos do Grupo, para experimentar e recomendar ideias de produtos.
A revista Future tem uma carteira de 50 marcas em electrónica de consumo, música e fotografia, com comércio electrónico associado.
“É cada vez mais evidente” - acrescenta o autor - “que os editores de prestígio têm uma vantagem sensível sobre as marcas, na hora de analizar e recomendar produtos.”
O comércio electrónico está a disparar por todo o lado. Segundo a eMarketer, “as vendas por eCommerce representaram, no ano passado, 10,2% das vendas mundiais a retalho e prevê-se que cheguem aos 17,2% em 2021”.
Outro relatório, da Javelin Strategy & Research, calcula que “o eCommerce por meio dos dispositivos móveis vai crescer até aos 319 mil milhões de dólares em 2020, representando então 49% do comércio total electrónico, comparando com os 29% de 2015”.
O autor termina remetendo para um artigo do jornalista Simon Owens sobre a posição da Amazon nesta matéria, e o interesse que suscita junto de alguns editores.
O artigo do editor da Media-tics. Mais informação sobre a Amazon, bem como sobre o relatório Innovation in Media 2019-2020.