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Quando a imprensa edita um editorial comum para salvar o planeta
Foi publicado um editorial no The Guardian, em conjunto com outras organizações dos media internacionais, no sentido de pedir um imposto sobre as maiores empresas de combustíveis fósseis.
O artigo sublinha que “os recursos arrecadados devem ser redistribuídos aos países mais pobres e vulneráveis que sofrem os piores impactos da crise climática, apesar de terem feito o mínimo para causá-la”. Adicionalmente, os países mais ricos, enquanto “responsáveis por metade dos gases de efeito de estufa”, devem ajudar os mais pobres, que não contribuem para tal situação.
Com a elevação dos preços da energia, oriunda da invasão russa da Ucrânia, o secretário-geral da ONU também pediu um imposto sobre as empresas de combustíveis fósseis. Estas têm vindo a agravar as mudanças climáticas, problema que o texto considera requerer “cooperação entre todas as nações”.
Uma série de relatórios, elaborados como base para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), demonstraram que o planeta está não só “perto de uma catástrofe climática irreversível”, como também poderá alcançar um nível recorde de emissões este ano.
O texto foi editado por mais de 30 media de vários países, designadamente, a Hindu (Índia), Tempo (Indonésia), Mail & Guardian (África do Sul), Haaretz (Israel), Rolling Stone (EUA), El Espectador (Colômbia), La Repubblica (Itália) e Libération (França).
Katharine Viner, editora-chefe do Guardian News and Media, que liderou a iniciativa, admitiu que o editorial em causa é “uma demonstração poderosa de como as organizações de notícias de todo o mundo se podem unir para colaborar no interesse público”.
Novembro 22
A questão do financiamento necessário para a reconstrução em países mais pobres, após impactos climáticos inevitáveis, tornou-se, também, central para a COP27, apelo que foi, anteriormente, rejeitado por países ricos, como os EUA.
As organizações que participaram no referido texto editorial têm, assim, a esperança de que, ao unirem as suas vozes, “lembrem a sociedade de que esta se trata de uma crise global que ameaça todos nós, sendo imperativo que os líderes mundiais ouçam e ajam”.
