O jornalismo provou-se indispensável em tempos de pandemia, já que ajudou a população a compreender as ramificações do vírus e, consequentemente, a manter-se segura.
Contudo, foi, precisamente, no desenrolar da pandemia, que se registou um agravamento da precarização da profissão, recordou Andressa Kikuti num artigo publicado na revista “objETHOS” e reproduzido no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
De acordo com a autora a pandemia não constitui, porém, a única razão para a situação precária dos jornalistas, no Brasil. Isto porque, muito antes de a covid-19 “chegar”, havia, já, outros problemas a registar, nomeadamente a feminização, juvenilização e multifuncionalidade.
O estudo “Perfil do Jornalista Brasileiro” caracteriza a classe de jornalistas como sendo de maioria feminina, jovem (de até 30 anos de idade), solteira e com um elevado grau de escolarização.
Ora, o problema não é a “feminização” em si, mas o facto de as mulheres terem salários mais baixos do que os homens e enfrentarem dificuldades para chegar a posições de chefia .
Outubro 20
Por outro lado, a evolução tecnológica e a convergência digital eliminou diversos “papéis”, antes desempenhados por especialistas. Assim, os jornalistas tiveram que absorver mais funções e produzir conteúdos para diversas publicações, de um mesmo grupo empresarial.
Tudo isto pode ser justificado com crise sociopolítica e económica no Brasil e a própria crise ética e de credibilidade do jornalismo perante a audiência.
A pandemia veio, depois, somar-se a esses problemas, fazendo-se acompanhar de despedimentos, precarização de contratos, diminuição salarial, densificação do trabalho e “stress”.
Assim, a autora considera essencial que os jornalistas comecem a divulgar, através da comunicação social, os problemas que enfrentam no interior das redacções.
Até porque os “media” já provaram ser um bom impulsionador da mudança.
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