Esta profissional lamentou, no entanto, que os colaboradores tenham, agora, que conjugar a vida familiar e profissional num único espaço.


Com tudo isto, alguns dos jornalistas entrevistados acreditam que o futuro das redacções passa pela conjugação dos regimes presenciais e de teletrabalho.


 “Não voltaremos ao mundo anterior”, afirmou Ignacio Escolar, director do “ElDiario.es”. “A aposta no teletrabalho será ainda maior. Queremos dar essa liberdade aos nossos jornalistas, porque quanto mais felizes estiverem, mais produtivos serão para o jornal ”.


O mesmo acontece na publicação “El Español” e no Grupo de “media” Joly, que pretendem continuar a dar prioridade a esta modalidade. 


Para melhor ilustrar a nova realidade da imprensa espanhola, Gonzalez Alba destacou, por outro lado, o caso do “site” “La Contra de Jaén”, que funciona em regime de teletrabalho há três anos mas que, ainda assim, teve algumas dificuldades em adaptar-se à realidade pandémica.


A directora da publicação,  Esperanza Calzado,  recordou , neste âmbito, a falta de conhecimentos sobre ciência. “Com a ajuda do Instituto Carlos III, pudemos ter um glossário de termos, conhecimentos e instrumentos para interpretar e relatar correctamente a pandemia, no que diz respeito à informação em saúde”, explicou.


Calzado considerou, por outro lado, que a pandemia veio demonstrar a importância de jornalismo de qualidade, especialmente no âmbito local e regional.


De forma a conseguir uma maior pluralidade de perspectivas, o autor procurou, ainda, recolher alguns testemunhos de investigadores de “media”, destacando a opinião de José Manuel Rodríguez, consultor especializado em comunicação digital, que considerou que as dificuldades de adaptação foram, sobretudo, culturais.


Já Pepe Cerezo, também consultor e especialista em estratégia e transformação digital, sublinhou a rápida transformação tecnológica dos “media”, que, “em circunstâncias normais levaria meses ou anos a realizar”.


O autor conclui, desta forma, que mesmo perante as exigências do teletrabalho e da digitalização dos “media”, os jornalistas conseguiram assegurar a qualidade noticiosa, respondendo, eficazmente, às necessidades dos cidadãos.


Tudo isto, com um “elevado grau de profissionalismo e de responsabilidade”.


Leia o artigo original em  “Cuadernos de Periodistas”