No entanto, de forma a serem bem sucedidos na sua “missão virtual”, os jornalistas acabam por manipular as imagens e, consequentemente, a própria realidade.  Algumas vezes, os repórteres deixam, mesmo, de aparecer nos planos de imagem, com o objectivo de reforçar a ilusão da presença do espectador.


Por outras palavras, a realidade virtual pode criar falsas memórias, por se tratar de um instrumento de manipulação muito complexo. Até porque pode ser utilizado como um método de propaganda, jogando 

com interesses comerciais, políticos ou religiosos. 


Por isso, vários teóricos dos “media” têm vindo a salientar a necessidade da criação de um código de ética para lidar, concretamente, com este novo género jornalístico.


A reformulação do código parece, contudo, tratar-se, ainda, de uma realidade distante. Assim, a autora considera que, entretanto, os jornalistas devem primar pela qualidade do conteúdo que apresentam.


O jornalista imersivo nunca deve perder o seu objectivo de vista. O ponto de partida de qualquer profissional tem, invariavelmente, de ser um acontecimento real, representado de forma real e objectiva.


Da mesma forma, as fontes devem ser seleccionadas de forma cuidadosa, através de meios de obtenção de informação lícitos.


Isto porque a vitória do jornalismo contra a desinformação depende do quanto a indústria está disposta a arriscar e investir.


Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”