Onde se defende o jornalismo como disciplina de educação geral
O desenvolvimento tecnológico fez-se acompanhar de uma interconectividade crescente, caracterizada pela utilização de “smartphones” e pelo contacto permanente.
Assim, o “cidadão comum” passou a ter, à sua disposição, ferramentas de reportagem, tais como câmaras digitais, acesso à internet e às redes sociais.
Todos os possuidores de um “smartphone” podem, agora, ser “jornalistas”, divulgando informações, imagens e vídeos, em primeira-mão.
De acordo com um texto do jornalista Michael Bugeja, publicado no “site” do instituto “Poynter”, esta realidade faz-se acompanhar de vantagens e desvantagens.
Por um lado, o jornalismo deixou de reger-se por uma agenda noticiosa tão rígida, e os cidadãos passaram a ter uma palavra naquilo que é reportado, segundo os seus critérios e valores.
Por outro, a maioria dos “jornalistas- cidadãos”, -- e dos restantes utilizadores das redes sociais -- tem poucas noções do que é uma reportagem, o que pode contribuir para uma vaga de desinformação.
Julho 20
Isto porque as imagens são, muitas vezes, divulgadas sem contexto, o que as deixa abertas a interpretações erróneas, que o cidadão comum não consegue detectar.
Assim, o autor defende que o jornalismo deve ser incluído, nos EUA, nas disciplinas de “educação geral”.
Nessas aulas, os estudantes são expostos a noções básicas de história, humanidades, biologia e ciências, sem nunca abordarem o jornalismo. Isto resulta numa literacia mediática deficitária e numa compreensão incorrecta sobre o papel dos jornalistas.
O autor considera, então, que a introdução do jornalismo, enquanto unidade curricular obrigatória, ajudaria a melhorar a qualidade das reportagens dos “cidadãos repórteres”, a combater as “vagas” de desinformação nas redes sociais, bem como a erradicar a animosidade perante os profissionais dos “media”.
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