E, essa emocionalidade, desencadeada pela vertiginosa expansão das redes sociais, impede a calma e a reflexão lúdica que “iluminava” os editoriais da antiga ordem mediática. 


A linguagem metafórica da “nova ordem” é, agora, guiada pelo ardor bélico e pelo espírito de luta. A dialéctica entre amigos e inimigos preside à conversa pública em que os meios de comunicação social são os protagonistas. 


O sonho dos pais fundadores da Internet, que consistia em promover o intercâmbio de ideias ,de uma forma global, para encorajar a tolerância e o respeito, resultou em “bolhas de opinião” adaptadas a cada pessoa. 


No mesmo sentido, as redes sociais -- plataformas essenciais do espaço internético -- passaram a comandar as operações. Assim, de forma a terem algum destaque no meio “online”, os jornais devem esforçar-se para agradar aos utilizadores destes “sites”.


Como tal, em alguns países, as secções de opinião deixaram de ser um fórum para a discussão informada e para a manutenção da liberdade de imprensa e de pensamento.  Agora, a polarização política e cultural não é estranha aos meios de comunicação social, mas é ,em parte, causada por eles. 



Leia o artigo original em Cuadernos de Periodistas”