"Estamos sempre condicionados a ter mais ou menos simpatias por algum grupo quando cobrimos um confronto entre pessoas, porque sabemos que a objectividade e imparcialidade absolutas não existem. Temos que tentar reduzi-las o máximo possível”, alerta o autor.


Os correspondentes internacionais são particularmente susceptíveis a este tipo de influência, afirma Castilho,  porque chegam a um país estrangeiro com a bagagem cultural do seu país de origem. Além disso, estes profissionais estão condicionados pela agenda noticiosa das agências de notícias e dos grandes jornais internacionais que, inevitavelmente, têm as suas  preferências, e acabam por deparar-se com uma realidade desconhecida e muitas vezes complexa.


Tudo isto, somado à urgência de enviar informações para a sua a redacção, acaba por resultar em reportagens tendenciosas,  que reforçam as distorções informativas.


Perante este cenário, Castilho pede a todos os jornalistas que adoptem a preocupação transcultural como uma prioridade. Desta forma, os profissionais deverão conseguir escrever sobre uma variedade de temáticas de forma mais objectiva, mantendo o jornalismo relevante na era da internet e das redes sociais.