Na costa Oeste,  o Los Angeles Times contou com um investimento de 150 milhões de dólares e aumentou os efectivos da sua redacção de 400 para 525 profissionais. O proprietário do jornal  acredita que este constitui   uma fonte de informação primordial para 40 milhões pessoas na Califórnia e pensa estender a sua influência ao México .

Em França, o Le Monde progrediu, no mesmo período,   20% nas assinaturas digitais. Actualmente, com 180 mil subscritores , espera alcançar os  220.000 subscritores digitais até ao final do ano.

Por seu lado, o The Wall Street Journal, um dos primeiros jornais no mundo a lançar a sua versão electrónica, atingiu o patamar do milhão e meio de  assinaturas nessa versão e espera alcançar  brevemente os três milhões.

No domínio dos gigantes electrónicos,  a Apple lançou o serviço Apple News+, que disponibiliza o acesso a mais de 300 publicações. Ao longo deste ano, o serviço estará disponível também no Reino Unido e na Austrália e existem planos para alarga-lo a outros países.

Washighton Post  conhece , igualmente, um crescimento substancial, tendo ultrapassado  o milhão e meio de assinantes. Desde 2013 reforçou a sua redacção com mais 200  jornalistas, contando agora com um quadro de 900 profissionais.

Em todos os casos  mencionados parece haver um ponto em comum:  o investimento nas tecnologias electrónicas e a  alteração do modelo de assinaturas, com uma forte aposta nas versões digitais.

A principal conclusão do relatório do Reuters Institute for the Study of Journalism da Universidade de Oxford, publicado em Janeiro de 2019, indica que os novos modelos de assinatura e a fidelização dos leitores serão o foco principal das receitas na industria dos media.

Soluções inovadoras como o podcast estão na moda, e várias publicações decidiram adoptar diariamente este tipo de difusão. Em Janeiro deste ano, a revista britânica Economist lançou um podcast diário, contratou oito editores para o  novo produto e conseguiu 50% das suas receitas publicitárias com este novo formato. O The New York Times, tem uma audiência média diária de dois milhões de ouvintes e mais de oito milhões por mês.

Outra estratégia que está a ser usada pelos meios de comunicação internacionais é o acesso gratuito para estudantes e instituições de ensino. Para alimentarem a base de futuros subscritores,  o Financial Times e o The New York Times asseguram esse acesso livre   de alunos e professores  aos seus conteúdos

Comunicar com os leitores foi desde sempre uma preocupação dos órgãos de informação, neste domínio também há avanços. Depois de vários meses de análise e estudo o The Wall Street Journal lançou recentemente um novo sistema de participação dos leitores nas suas notícias, a que dá o nome de “Conversas com a audiência”. A intenção do diário é converter esses diálogos  num sistema interactivo  efectivo com os leitores.


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