“Newsletter” nos EUA inova no modelo de financiamento
A “newsletter” de entretenimento “Dirt” tornou-se o primeiro produto informativo a obter as suas receitas através de NFTs (Non-fungible token), em detrimento do modelo de subscrição.
Ou seja, conforme explicou Brian NG num artigo publicado no “Nieman Lab”, a “Dirt” associa os seus conteúdos a “blockchains”, que podem ser adquiridas pelos leitores.
Desta forma, os consumidores têm a possibilidade de comprar produtos informativos exclusivos, guardá-los enquanto uma “lembrança da internet”, ou vendê-los a outros utilizadores interessados.
“Os nossos NFTs são como ‘lembranças digitais’, que podem ser trocadas, vendidas e utilizadas para obter acesso a outros conteúdos”, explica a “Dirt” no seu “website”. “Ao comprarem um NFT, além de apoiarem o nosso trabalho, os utilizadores passam a poder tomar algumas decisões sobre o futuro da publicação”.
Contudo, esta não é uma modalidade obrigatória, já que a “newsletter” pode ser consumida de forma totalmente gratuita. Desta forma, os produtos da “Dirt” são comprados, sobretudo, por apoiantes dos modelos de “blockchain” e da “criptomoeda”.
Ainda assim, a “newsletter” tem apresentado bons resultados financeiros, somando mais de 30 mil dólares em vendas de NFTs em pouco mais de um ano.Com isto, a “Dirt” tem conseguido assegurar o pagamento de todos os seus colaboradores, que recebem cerca de um dólar por palavra. Além disso, estes profissionais têm a possibilidade de receber o seu vencimento em “criptomoeda”.
Outubro 21
Assim, a “Dirt” tornou-se precursora de um novo movimento mediático, já que cada vez mais publicações de imprensa estão a estudar a possibilidade de utilizar NFTs, como forma de garantir a sua sustentabilidade financeira.
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