Liberdade de imprensa deteriorou-se em 2021 afectando direitos dos jornalistas
Em 2021, o investimento publicitário e as subscrições de serviços noticiosos "online" cresceram no Reino Unido, enquanto os níveis de liberdade de imprensa diminuíram em todo o mundo, de acordo com uma análise da “Press Gazette”.
Após um primeiro ano de pandemia marcado pela quebra das receitas publicitárias, as publicações britânicas “online” conseguiram, em 2021, colmatar algumas das perdas, ao captarem o interesse de investidores.
Aliás, conforme apontam dados da Advertising Association, no Reino Unido, o investimento publicitário cresceu cerca de 25%, num total de 29 mil milhões de libras.
Da mesma forma, vários títulos digitais conquistaram a atenção das audiências, ultrapassando o patamar dos 100 mil subscritores “online”.
De momento, o “Financial Times” assume-se como o jornal mais popular no Reino Unido, ao contar com 987 mil subscritores. Seguem-se-lhe a “newsmagazine” “The Economist” (964,5 mil assinantes) e o jornal generalista “Guardian” (961 mil).
É, igualmente, de destacar a recuperação dos jornais metropolitanos gratuitos, cuja circulação melhorou significativamente.
Apesar da recuperação da imprensa, um maior número de pessoas classificaram a imprensa britânica como “racista” ou “tendenciosa”. Este fenómeno, explica a “Press Gazette”, terá sido motivado pelas declarações de Meghan Markle.
Janeiro 22
No que diz respeito aos direitos dos jornalistas, a liberdade de imprensa parece ter vindo a deteriorar-se, não só no Reino Unido, como, igualmente, no resto do mundo, aponta o estudo da “Press Gazette”.
Isto porque, conforme indicou o Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras (RSF), apenas 12 dos 180 países avaliados parecem ter um panorama mediático favorável.
Além disso, de acordo com relatórios do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), existem, pelo menos, 293 profissionais dos “media” a cumprir uma pena de prisão.
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