Jornalista compara “media” dinamarqueses e portugueses
Os “media” dinamarqueses demonstram-se conscientes da realidade nacional, e parecem estar a acompanhar as tendências do mercado. Quem o garante é o jornalista Morten Gliemann, que trabalhou, durante vários anos, em Portugal, no Brasil e em Moçambique.
Em entrevista ao “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria, Gliemann explicou que, de momento, a imprensa dinamarquesa está focada em continuar a reportar sobre a covid-19.
Neste sentido, Gliemann afirmou que, de forma geral, todos os “media” dinamarqueses acompanharam, de perto, a pandemia, informando os cidadãos sobre os casos diários, e partilhando as directrizes do governo.
Além disso, aquele profissional acredita que os “media” dinamarqueses têm um bom nível de credibilidade, já que valorizam os factos e a confiança acima de qualquer outro factor.
Aliás, continuou Gliemann, apesar de as empresas jornalísticas estarem, agora, focadas em atrair leitores através das redes sociais, a informação fidedigna continua a ser a prioridade de todos as publicações.
Por outro lado, Gliemann acredita que ainda podem ser feitas algumas melhorias quanto ao jornalismo local, já que os problemas que afectam a Groenlândia, por exemplo, não recebem atenção mediática suficiente.
Novembro 21
Ainda assim, depois de ter vivido vários anos em Portugal, Gliemann afirma que o jornalismo nacional ainda não conseguiu acompanhar as tendências jornalísticas, e que se encontra “atrasado” tanto a nível de cobertura noticiosa, como do ensino da Comunicação Social.
Por outro lado, Gliemann afirma que continua a apreciar o jornalismo produzido pelos meios portugueses.
“Leio o ‘Público’ diariamente (já colaborei com esta publicação), e considero que fazem um jornalismo muito bom! É um mistério para mim como conseguem sobreviver.”
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