Jornalista brasileira reflecte sobre “media” italianos
Os “media” italianos começaram, nos últimos anos, a basear a sua agenda noticiosa em questões políticas e em assuntos “cor-de-rosa”. Quem o garante é a jornalista Dora Nunes que, em entrevista para o “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria, falou sobre a sua experiência profissional naquele país.
Dora Nunes, que colabora, actualmente, com a editora italiana In Pagina, é licenciada em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Depois de ter trabalhado em Inglaterra e em Espanha, radicou-se em Itália, com o objectivo de “tirar um ano sabático”, e de ter uma experiência cultural imersiva.
Mais tarde, optou por exercer a sua profissão naquele país, onde começou por colaborar com a “newsletter” do “Integration Now,” projecto desenvolvido em parceria com o consulado brasileiro em Milão.
Agora, após alguns anos de contacto com o sector mediático italiano, Dora Nunes afirma que “o jornalismo, de uma forma geral, se baseia na polémica”.
“Mas, assim como no Brasil -- continuou -- a política é a pauta central, sobretudo nas emissões televisivas”.
Além disso, nos últimos tempos, a “crise sanitária estabeleceu-se como um tema permanente”, em os meios de comunicação.
Por ter sido o primeiro país ocidental a viver a pandemia de forma mais próxima, acho que, do ponto de vista jornalístico, a crise sanitária provocou um surto comunicativo, exigindo a maior quantidade de informação possível para que os cidadãos pudessem perceber o que se passava”, disse.
Outubro 21
Quanto à imprensa regional e local, continuou Nunes, estas caracterizam-se pelo sensacionalismo dos conteúdos, que se focam, sobretudo, “em notícias policiais e tragédias quotidianas”.
A jornalista destaca, ainda, o facto de os “media” guiarem a sua agenda noticiosa de acordo com o que está a ser partilhado nas redes sociais.
Este facto, concluiu aquela profissional, “empobrece” o jornalismo.
O Observatório Social para a Inteligência Artificial e Dados Digitais da Universidade Nova de Lisboa considera que é importante “antecipar necessidades futuras” e que, para tal, devem ser...
“A crise da deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tornou os pouco mais de 560 projectos informativos, que atendem a comunidades hispânicas norte-americanas, exemplos...
A International Fact-Checking Network (IFCN), do Poynter Institute, anunciou os beneficiários das suas subvenções ENGAGE, ao abrigo do Global Fact Check Fund. A quantia de 2 milhões de dólares...
Embora se definam apenas como plataformas tecnológicas, as redes sociais influenciam as opiniões pessoais. Os especialistas em comunicação, como Rasmus Kleis Nielsen, autor do artigo News as a...
De acordo com Carlos Castilho, do Observatório de Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém uma parceria, o jornalismo enfrenta, actualmente, dois grandes desafios, nomeadamente,...
Num texto publicado no media-tics, o jornalista Miguel Ormaetxea, reflectiu acerca da receita de publicidade digital dos media, que, em grande parte, fica nas mãos de grandes empresas de tecnologia,...
Num texto publicado na revista ObjETHOS, um dos seus pesquisadores, Raphaelle Batista, reflectiu sobre o papel que o jornalismo teve no Brasil durante 2022, assim como o que deve ser mudado.
Batista...
O Journalism Competition and Preservation Act (JCPA), um projecto de lei que pretendia “fornecer um 'porto seguro' por tempo limitado para algumas organizações de notícias negociarem...
Algumas organizações criaram um novo guia, Dimensions of Difference, para ajudar os jornalistas a entender os seus preconceitos e a cobrir melhor as diferentes comunidades. Este projecto baseia-se...