A pandemia fez-se acompanhar por uma “explosão” de jornalismo de dados, que “saltou” para as primeiras páginas dos jornais e para as manchetes dos “websites”, recordou Josu Mezo num artigo publicado nos “Cuadernos de Periodistas”, editados pela APM, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria
A monitorização da actualização diária dos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde tornou-se um ritual diário para os “media” e para muitos cidadãos, ansiosos por tentar compreender o que está a acontecer.
Contudo, muitos consumidores de informação têm vindo a criticar a qualidade dos dados, uma vez que a maior parte é imprecisa ou incompleta.
Mezo considera, porém, que as críticas são desproporcionais, já que, apesar de nem sempre estarem totalmente correctos, os dados estatísticos têm ajudado a população a compreender as consequências da pandemia, numa escala global.
De acordo com o autor, é graças ao jornalismo de dados que ficámos a saber quais são os países e regiões mais afectados.
Os dados estatísticos permitem, ainda, percepcionar a evolução das diferentes medidas de contenção do vírus, em países onde a pandemia está, ainda, em expansão.
Setembro 20
Sabemos, também, graças à comparação de dados, que há um número significativo de mortes causadas pela doença que não são contabilizadas.
Conseguimos, da mesma forma, apurar que o confinamento funciona, visto que em quase todo o lado, os casos detectados e os óbitos deixaram de aumentar, semanas depois da entrada em vigor das medidas de contenção.
Além disso, os dados tratados noutras áreas do saber são, também eles, muitas vezes imprecisos.
Assim, cabe aos cidadãos fazer um exercício cuidadoso de compreensão , analisando aquilo que os dados medem e como o fazem, as suas possíveis lacunas, os seus enviesamentos, as suas inconsistências.
Da mesma forma, é necessário ter em conta que a informação extraída pode ser confusa, e que não nos permitirá estimar diferenças residuais.
“Contudo, isto não significa que [o jornalismo de dados] não seja valioso, porque o conhecimento aproximado é suficientemente bom, em muitas circunstâncias, é certamente muito melhor do que a ignorância”, conclui o autor.
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