Sabemos, também, graças à comparação de dados, que há um número significativo de mortes causadas pela doença que não são contabilizadas.


Conseguimos, da mesma forma, apurar que o confinamento funciona, visto que em quase todo o lado, os casos detectados e os óbitos deixaram de aumentar, semanas depois da entrada em vigor das medidas de contenção.


Além disso, os dados tratados noutras áreas do saber são, também eles, muitas vezes imprecisos.


Assim, cabe aos cidadãos fazer um exercício cuidadoso de compreensão , analisando aquilo que os dados medem e como o fazem, as suas possíveis lacunas, os seus enviesamentos, as suas inconsistências.


Da mesma forma, é necessário ter em conta que a informação extraída pode ser confusa, e que não nos permitirá estimar diferenças residuais.


“Contudo, isto não significa que [o jornalismo de dados] não seja valioso, porque o conhecimento aproximado é suficientemente bom, em muitas circunstâncias, é certamente muito melhor do que a ignorância”, conclui o autor.


Leia o texto original em “Cuadernos de Periodistas”