Inovação no jornalismo carece de recursos

Para inovar na informação e produzir artigos criativos e envolventes é necessário prestar atenção a tudo o que acontece no mundo e analisar a informação de forma inteligente. Para tal, é necessário tempo e recursos.
Espera-se que, hoje em dia, os jornalistas escrevam, fotografem, gravem, editem e façam a gestão das redes sociais, mas as redacções, raramente, disponibilizam todos os recursos e o tempo necessários para o efeito.
Poucos são os jornalistas a quem lhes é atribuído um telemóvel, dispositivo de gravação ou um portátil do meio de comunicação, principalmente se estiverem no início de carreira. Associado a isto, os baixos salários dos jovens jornalistas portugueses não permitem investimentos.
O jornalismo independente é vital para a democracia, mas não deixa de ter custos.
Para ajudar os meios de comunicação social a evitar a armadilha da dependência financeira de interesses políticos e outros, algumas grandes instituições (como a União Europeia e o Google) disponibilizaram fundos para pagar projectos jornalísticos específicos, e há alguns grandes exemplos do que se pode conseguir com este tipo de patrocínio.
O projecto "A Europa Que Conta" do Público, lançado antes das eleições europeias, foi patrocinado pelo Parlamento Europeu.
O jornal Público criou, também, um podcast diário chamado P24 , inicialmente patrocinado pelo Google e foi um sucesso tal que, quando o financiamento chegou ao fim, o Público decidiu manter o projecto em funcionamento.
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