Imprensa portuguesa em tempo de pandemia e de incertezas

Com o estado de emergência declarado em Portugal as capas dos jornais reflectem, naturalmente, o desenvolvimento dos acontecimentos respeitantes ao novo coronavírus. Os cidadãos anseiam por mais e melhor informação, na esperança de perceberem quais poderão ser as consequências para a comunidade desta pandemia, quer na saúde pública, quer na economia. A imprensa tem aproveitado para recuperar as audiências, sendo como é, um traço de união na sociedade. É, contudo, mais do que nunca, crucial zelar pela arte de bem noticiar, seguindo o código deontológico do jornalismo. As estratégias dos “media” não variam muito entre si e os títulos de imprensa reproduzem a preocupação que aflige as populações nesta emergência. Num tempo de incertezas, mais do que informar, é necessário proteger os equilíbrios desejáveis perante o desafio deste vírus. Ser jornalista é, afinal, prestar um serviço público, sendo imperativo evitar as práticas sensacionalistas e eleger o rigor e a objectividade da informação como traves-mestras do jornalismo em tempo de crise.