“Perceberam que o mercado publicitário tinha sido transformado”, explicou uma fonte anónima ao “Eldiario.es”, familiarizada com o processo. “Deixaram de dar tanta importância ao conteúdo, porque isso custa dinheiro, e passaram a apostar na capitalização da marca através dos eventos”.


Neste sentido, a Condé Nast Espanha planeia, igualmente, traduzir a maioria do conteúdo publicado em inglês, com o objectivo de reduzir, ainda mais, os custos de publicação.


“Antes, cada editor fazia a sua própria revista e tinham total liberdade” , afirmou outra fonte do “Eldiario.es”, que trabalhou vários anos na Condé Nast. “Tudo isto mudou em 2008, quando começaram as sinergias. Um jornalista escreve para todos os títulos do Grupo e a publicidade é partilhada”.


Noutros Grupos de imprensa, a estratégia passa por não oferecer contratos aos colaboradores, e mantê-los em regime “freelance”, ainda que trabalhem na redacção, juntamente com os outros colegas.


Plaza recorda, da mesma forma, que existem, ainda, outros lesados da crise da imprensa: os proprietários dos quiosques e tabacarias, que têm registado prejuízos na venda de jornais e revistas.


Aliás, entre 2010 e 2018 fecharam 6 mil pontos em toda a Espanha, e as previsões para o futuro não são animadoras. Além disso, os quiosques continuam a receber, apenas, uma pequena percentagem do preço de cada exemplar vendido.


Ademais, neste caso em concreto, não há possibilidade de digitalização do negócio.