Homenagem a Francisco Balsemão em S. Bento com os “media” e a democracia em causa
O jornalista, empresário e político Francisco Pinto Balsemão foi homenageado no Palácio de São Bento, por ocasião dos 40 anos da tomada de posse do VII Governo Constitucional.
Nesta cerimónia -- por onde passou Marcelo Rebelo de Sousa, estiveram presentes conselheiros de Estado, líderes partidários, membros do Governo e, também, o Presidente da Assembleia da República -- Pinto Balsemão recordou a importância da imprensa livre para a saúde das democracias.
Durante a sua intervenção, Pinto Balsemão alertou para o facto de que a “democracia que temos no presente” dificilmente será transposta para o futuro. "O que se nota [...] é uma falta de crença na representatividade do sistema, incluindo os partidos e as próprias eleições. Mas, até agora, não surge alternativa”, disse.
Perante este cenário, o fundador do Grupo Impresa considerou que os valores da “liberdade, igualdade e solidariedade”, bem como a “dimensão ética” são cada vez mais importantes.
"A corrupção está cada vez mais presente na avaliação do sistema. Uma corrupção que, em muitos casos, o próprio sistema oculta e até protege”, acrescentou.
Assim, o militante número um do PSD considerou que o papel dos “media” deverá ser mais valorizado, e que a sociedade deve focar-se em encontrar “novos caminhos” para a democracia.
Ainda no âmbito dos “media”, o actual primeiro-ministro, António Costa, recordou o contributo de Pinto Balsemão para a liberdade de imprensa em Portugal, com a criação de um jornal de referência ainda antes do 25 de Abril como é o Expresso” e do “primeiro canal privado de televisão”.
Setembro 21
Posto isto, António Costa notou que, ainda hoje, Pinto Balsemão “continua a acalentar a ambição nunca terminada de haver sempre uma democracia e uma liberdade cada vez mais sólidas, profundas, vividas e participadas”.
Considerado um dos principais impulsionadores da imprensa independente em Portugal, Francisco Pinto Balsemão começou a sua carreira jornalística em 1961, quando assumiu a chefia de redacção da revista “Mais Alto”, órgão de comunicação da Força Aérea Portuguesa.
Mais tarde, em 1963, passou a integrar o "Diário Popular". Posteriormente, afastado do “Diário Popular”, lançou, em 1973, o semanário “Expresso”, inspirado nos semanários que se publicavam noutros países da Europa.
Após o 25 de Abril de 1974, ao lado de Francisco Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota, Pinto Balsemão fundou o Partido Popular Democrático (PPD), actual PSD.
Com a morte de Sá Carneiro em 1980, Pinto Balsemão passou a ocupar o cargo de primeiro-ministro até 1983.
Agora, os principais feitos de Pinto Balsemão podem ser revisitados no livro "Memórias”, no qual o accionista maioritário da Impresa prometeu abrir as portas “das empresas familiares, do Diário Popular, do Expresso, da SIC”, apresentar “os meandros da política – no seu melhor e no seu pior –, desde a aventura da Ala Liberal e o PSD, até hoje, não esquecendo alianças e traições.”
Francisco Pinto Balsemão foi um dos fundadores, há quarenta anos, do CPI -- Clube Português de Imprensa.
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