“Sinto-me culpada porque algumas fontes enviaram-me informações sem saberem que o meu telemóvel estava a ser vigiado”, afirmou  Ismayilova. “Os meus familiares também são vítimas, assim como os meus colegas de profissão. Não sou a única”.


Além disso,  Ismayilova diz estar “zangada” com aqueles que “desenvolveram ferramentas de vigilância” e que estabelecem contratos com regimes autoritários. 


Perante este cenário, Carlos Martínez de la Serna, coordenador do Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ), alertou para a crescente popularidade da utilização de ferramentas de “spyware”, com o objectivo de atacar jornalistas.


“ Espiar jornalistas tem um efeito arrepiante. Os nossos dispositivos electrónicos são essenciais para a actividade jornalística, e estas ferramentas expõem as nossas fontes, os nossos materias”, disse, citado pelo “Guardian”. 


“Ainda não temos protecção suficiente contra estas acções governamentais”, concluiu Martínez, ressalvando a urgência da implementação de novos regulamentos nas empresas de “spyware”, como forma de limitar ataques à liberdade de imprensa.


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Imagem recolhida em “Guardian”