Estágios remunerados fomentam diversidade nas redacções
Muitas redacções conseguem manter-se a funcionar graças à colaboração de jovens estagiários, que aceitam trabalhar gratuitamente, em troca de formação e de contactos no sector jornalístico.
É esse o caso da “Street Sense Media”, uma pequena publicação local, que mantém um modelo sustentável graças ao trabalho voluntário de estudantes,.
Contudo, o redactor principal desta publicação, Eric Falquero, quer alterar este cenário, de forma a remunerar estes jovens, ou ajudando no pagamento de despesas universitárias.
Num artigo publicado no “site” da “Columbia Journalism Review”, Falquero começou por afirmar que os estágios não remunerados reforçam as desigualdades sociais, já que apenas os jovens mais favorecidos têm a capacidade de trabalhar sem receber dinheiro em troca.
Desta forma, afirmou o autor, a maioria dos estudantes que realizam o seu estágio no “Street Sense Media”, são de classe média ou alta. Aliás, dos 150 jovens que receberam formação junto de Falquero, menos de 20 pertenciam a minorias sociais.
Além disso, os estagiários de origens menos favorecidas, têm, muitas vezes, de conjugar as suas funções jornalísticas com outros empregos, para que possam pagar habitação e/ou alimentação.
Desta forma, alguns jovens acabam por abdicar das oportunidades de estágio e de aprendizagem, atrasando o início do seu percurso profissional.
Outubro 21
Por isso mesmo, o “Street Sense Media” começou, agora, a utilizar parte das doações dos leitores para financiar os estudos, ou necessidades básicas, dos seus estagiários.
Além disso, continuou Falquero, os jornais norte-americanos parecem estar a tomar consciência de que remunerar os jovens jornalistas é essencial para combater a desigualdade e promover a diversidade no interior das redacções.
Ainda assim, concluiu o autor, os progressos têm sido lentos.
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