O editor-chefe da Vishvas.news, Rajesh Upadhyay, disse que a organização empregava um modelo de "formar o formador" para que os participantes estivessem equipados para partilhar os conhecimentos com os seus círculos sociais imediatos.


O objectivo era que cada um desses 1.200 participantes treinasse 50 pessoas. Os resultados reais superaram as expectativas da Vishvas.news. "Metade do número total de participantes (cerca de 600) formou um total de 55 mil pessoas no seu próprio círculo social. Aconteceu em apenas um mês na sequência do surto de Covid", disse Upadhyay em declarações à “Fact-Checking Network”.


Se o ritmo actual se mantiver, a iniciativa poderá chegar, no próximo mês, a um total de 100 mil pessoas.


Nos Estados Unidos, o Projecto MediaWise Voter organizou uma sessão de formação, no início de Março, para informar 11 estudantes universitários sobre controlo factos.


Com a maioria dos campus universitários fechados, os 11 estudantes promoveram formações “online” para os respectivos colegas, bem como a criação de conteúdos nas redes sociais.


Os alunos utilizaram o  TikTok, Instagram e o Twitter como ferramentas de verificação de factos e informação sobre como o Covid-19 afectou o voto estudantil eleições primárias estaduais.


Sonia Rao, aluna da Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill), observou que o foco principal dos estudantes era promover o voto informado, mas que tiveram que alterar a linha de actuação durante a crise do novo coronavírus. 


"Há muita desinformação sobre o covid-19, e esta é uma óptima maneira de explicar às pessoas o que é a desinformação, a literacia mediática e como podemos aumentar o nosso nível de alfabetização”. 


Já no Brasil, a Agência Lupa realizou três “workshops” “online” com 100 jornalistas durante o surto. Desses, 23  são pessoas que vivem ou trabalham nas favelas mais pobres do país.


"O Brasil tem uma grande deficiência em termos de estatísticas sobre as suas favelas. O nosso objectivo com este programa é formar os jornalistas que trabalham nestes locais para a produzirem conteúdos fiáveis", disse Natália Leal, directora de conteúdos da Agência Lupa.


"Espero que a partir desta formação os participantes possam ter mais ferramentas para reflectir sobre as suas realidades. E, consequentemente, que possam produzir mais conteúdos sobre os locais onde vivem", disse Leal.


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