Eleições brasileiras próximas suscitam debate sobre os “media”
De forma a cumprirem o seu papel de forma ética e eficiente, os “media” brasileiros deverão colocar todos candidatos pré-presidenciais no mesmo patamar de escrutínio político, defendeu Álisson Coelho num artigo publicado, originalmente, na revista “ObjETHOS” e reproduzido no “Observatório da Imprensa”, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Coelho destaca, neste sentido, que os jornalistas têm feito uma leitura desigual dos candidatos Lula da Silva e Sérgio Moro, retratando-os, respectivamente, como ex-réu e ex-juiz.
A título de exemplo, continuou Coelho, aquando da viagem de Lula à Europa, em Novembro, os “media” ignoraram a agenda do antigo Presidente brasileiro, bem como os seus encontros com figuras políticas relevantes.
Por outro lado, na mesma época, Sérgio Moro começou a ganhar relevância em programas de entrevistas e de debate político.
Ora, conforme apontou o autor, isto causa desequilíbrios no tratamento mediático, o que vai contra o princípio do equilíbrio no tratamento das diferentes candidaturas, que é defendido em todos os manuais de jornalismo.
Por isso mesmo, continuou Coelho, os “media” brasileiros deverão tratar Lula e Moro como potenciais candidatos à presidência do Brasil. Nada mais, nada menos.
Isto não significa, porém, que os títulos jornalísticos devam esquecer o passado destes políticos. Antes pelo contrário.
Até porque, conforme assinalou o articulista, os processos que foram/são movidos contra Lula serão um tema recorrente na campanha, assim como a sua história política e o legado dos seus anos de governo.
Dezembro 21
Será, também, este o caso da actuação de Moro como juiz em casos de corrupção e como ministro do governo de Jair Bolsonaro.
Por isso mesmo, numa altura em que se aproxima a data das eleições presidenciais brasileiras, Coelho considera essencial neutralizar a narrativa, uma vez que a presente linha editorial conta com um enquadramento pobre e prejudicial ao país , perante os enormes desafios que o próximo Presidente terá.”
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