… E teletrabalho continuado afecta gerações jovens de jornalistas

A título de exemplo, a repórter de educação Meghan Valley, de 24 anos, afirma que criar relação com os pais de crianças em idade escolar é, agora, uma tarefa, particularmente, desafiante.
“Escrever sobre crianças pode ser uma missão muito sensível. Acho que é mais fácil criar laços quando já conhecemos as pessoas”, afirmou.
Chang sublinha, por outro lado, que esta realidade se tem demonstrado desafiante para jornalistas mais velhos que estão, agora, a conjugar a vida profissional com a pessoal num só espaço, o que pode resultar na deterioração da saúde mental.
Ainda assim, a autora sublinha que as redacções estão a fazer esforços para se adaptarem à nova realidade.
A título de exemplo, os editores começaram a rever os textos dos colaboradores por videochamada.
Além disso, algumas publicações organizam, agora, eventos “online”, para garantir que os colaboradores mantêm uma boa relação profissional.
Começaram, também, a surgir alguns “workshops”, que ajudam os profissionais dos “media” a criar uma atmosfera confortável, para as entrevistas via telefone.
Com tudo isto, a autora considera que, apesar das dificuldades e restrições, o actual contexto poderá servir para melhorar a relação entre as chefias e os jornalistas, passando, igualmente, pela implementação de novos recursos técnicos e de saúde mental.