… E mulheres jornalistas afastadas dos “media” no Afeganistão
Uma jornalista de televisão afegã denunciou, através de um vídeo divulgado “online”, ter sido proibida de trabalhar, após a tomada do poder pelos talibãs no Afeganistão.
“Se o Mundo me estiver a ouvir, por favor, ajudem-nos, porque as nossas vidas estão em perigo”, declarou no vídeo a jornalista Shabnam Dawran. “Não desisti após a mudança do sistema e fui para o meu escritório, mas infelizmente não me deixaram entrar, apesar de eu ter mostrado o meu cartão da empresa”.
“Os colaboradores masculinos com cartões da empresa foram autorizados a entrar no escritório, mas a mim, disseram-me que não podia continuar a exercer as minhas funções, porque o sistema mudou”, acrescentou.
A comunidade internacional e muitos afegãos continuam cépticos em relação às promessas de moderação dos talibãs que, entre 1996 e 2001, impuseram um regime fundamentalista, baseado numa versão radical da Sharia (lei islâmica).
Com a chegada das tropas norte-americanas ao Afeganistão em 2001, algumas mulheres conseguiram aceder à educação e ao mercado de trabalho, nomeadamente no jornalismo.
Ainda assim, os jornalistas continuaram a ser considerados como um alvo a abater pelos talibãs. Aliás, de acordo um artigo de Raksha Kumar publicado no “site” do “Reuters Institute for Journalism”, nos últimos dois anos, o Afeganistão registou um pico de violência, com o assassinato de 65 activistas de direitos humanos e profissionais dos “media”.
Agosto 21
( Estas mortes, referiu Kumar, foram um resultado directo das “conversas de paz”, que visam estabelecer acordos entre as diferentes forças afegãs, agora que as tropas norte-americanas estão de saída).
Agora, teme-se que, com o regresso do regime talibã, se percam todos os progressos registados nos últimos 20 anos, altura em que se registou um aumento do número de “media” independentes, e do nível de confiança no jornalismo.
O Afeganistão encontra-se em 122º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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