Celebrar liberdade de imprensa é responsabilizar quem governa
A liberdade de imprensa deveria celebrar-se todos os dias, já que garante a responsabilização daqueles que governam o Mundo, defendeu Eugênio Bucci num artigo publicado no “Observatório da Imprensa”, associação com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Segundo recordou Bucci, a liberdade de imprensa começou a ser debatida no século XVIII, no seio dos movimentos iluministas, que apontavam a livre expressão como a base para a criação de um novo poder.
Ainda assim, apontou o autor, a liberdade de expressão e de imprensa nem sempre se fizeram acompanhar de processos democráticos, como promoviam os liberais “das luzes”, o que pode levar alguns cidadãos a questionarem-se sobre a verdadeira importância dos “media” independentes.
Bucci salienta, neste sentido, que, mesmo em sociedades não-democráticas, a informação livre e plural pode ajudar os cidadãos a tomarem decisões inteligentes, que vão ao encontro dos seus próprios interesses e exigências. Nesta perspectiva, o acto de informar só é eficiente quando é crítico.
Portanto, sublinha Bucci, ao celebrar-se a liberdade de imprensa, festeja-se, também, a responsabilização de quem governa.
Contudo, alerta o autor, os cidadãos não devem tomar os “media” como “donos da razão”. Por outro lado, devem consultá-los para obter informações fidedignas e construírem, a partir desses dados, a sua própria opinião e perspectiva.
“Com os seus diversos modos de ver e pensar o mundo, com a sua necessária diversidade de opiniões e crenças, com seus conflitos e as suas discrepâncias, a imprensa livre não entrega a ninguém a verdade embrulhada para presente, mas pode, com um alto grau de eficiência, inibir as mentiras que vêm do poder”, considerou o autor.
Junho 21
“Dizendo de outra forma: uma sociedade que conta com uma imprensa forte é uma sociedade menos susceptível às mentiras que vêm do governo; uma sociedade que conta com uma instituição de imprensa realmente livre está sempre mobilizada para duvidar das imposições daqueles que exercem o poder, está sempre embalada por um cepticismo saudável, menos vulnerável a manipulações”
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