Canal luso-angolano de televisão anuncia encerramento
O canal Zap Viva, que estava suspenso em Angola, vai agora fechar portas, deixando centenas de colaboradores no desemprego.
Este é o segundo canal a encerrar a actividade na sequência de uma decisão do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, que obrigou à suspensão de alguns canais, alegando “inconformidades legais”.
A Zap resulta de uma” joint-venture” entre a portuguesa NOS (30 por cento) e a SOCIP – Sociedade de Investimentos e Participações, S.A. (controlada por Isabel dos Santos), que disponibiliza televisão por satélite para Angola e Moçambique.
Em Setembro do ano passado, a operadora angolana tinha já anunciado um processo gradual de despedimentos na sequência da suspensão do canal ZAP Viva, afirmando estar a introduzir "as necessárias diligências para a retoma da emissão em território nacional" apesar de "não se vislumbrar um horizonte temporal de resolução".
O encerramento da Zap foi, entretanto, lamentado por diversas figuras públicas.
Da mesma forma, o UNITA, maior partido da oposição angolana, expressou a sua solidariedade para com os profissionais afectados, considerando que a medida que levou a este desfecho foi "política”.
Conforme indicam relatórios da “Freedom House”, Angola é um país não livre, onde a maioria dos “media” é controlada pelo governo, recusando-se, por isso, a fazer a cobertura noticiosa de alguns eventos críticos do regime político.
Janeiro 22
Além disso, recorde-se, grande parte dos directores de “media” privados mantém uma relação próxima com o MPLA.
Angola encontra-se em 103º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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