A privacidade e dados pessoais correm risco de ficar reféns da internet

A sociedade de vigilância tem-se espalhado rapidamente e, em muitos países, a monitorização constante nas ruas é aceite como uma garantia de segurança.
Na China, a videovigilância capta quase todos os movimentos nas cidades, imagens que são posteriormente analisadas pelas autoridades competentes. O reconhecimento facial e a inteligência artificial permitem, aliás, que sejam identificados em tempo real os cidadãos, usando o seu registo completo.
A Índia desenvolveu um sistema de identificação biométrica e anunciou que pretende implementar um sistema de reconhecimento facial, tal como Singapura e a França, além da China.
Will.i.am, fundador da I.AM+ – uma empresa de serviços electrónicos e assistentes de voz com inteligência artificial –, publicou no The Economist um manifesto no qual defende que “os dados pessoais devem ser considerados como um direito humano, como é, por exemplo, o direito de acesso à água”.
As redes sociais têm sido uma ferramenta para influenciar momentos de decisão, como eleições ou referendos, recorrendo frequentemente a contas falsas.
Segundo um relatório divulgado por investigadores da Universidade de Oxford, a utilização de técnicas de desinformação por parte dos governos tem vindo a crescer, como forma de difamar os opositores e de combater opiniões opostas.
Os países com campanhas de desinformação aumentaram para 70 nos últimos dois anos, sendo que o Facebook continua a ser um dos meios de maior disseminação.
Note-se que, em Espanha, o presidente da Telefónica, José María Álvarez-Pallete, afirmou que "mais da metade do tráfego que circula pelas redes não é humano e, portanto, mais da metade é malicioso".
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