A “newsletter” enquanto inovação de “marketing” jornalístico
Nos últimos anos, começaram a surgir novos produtos noticiosos, que ajudaram as empresas noticiosas a impulsionar as suas receitas e a conquistar a atenção dos cidadãos e dos investidores.
Entre estas novas apostas destacam-se as “newsletters”, boletins noticiosos enviados para a caixa de “e-mail” dos leitores, que informam sobre a actualidade diária, ou sobre temas de “nicho”.
O “New York Times” e o “Quartz” são duas das milhares de publicações que investiram neste novo formato, e que obtiveram bons resultados.
Como tal, Adam Pasick, responsável editorial de “newsletters” do “The New York Times”, e Luciana Cardoso, gestora de produto do “Quartz” partilharam, numa conferência organizada pela Digital Media Latam, as estratégias por detrás do seu sucesso.
Luciana Cardoso confirmou que as “newsletters” são um elemento estratégico na sua empresa e que contam, já, com 1,3 milhões de leitores.
“Estes produtos são essenciais para atrair e fidelizar consumidores”, disse.
Aliás, Cardoso considera que este tipo de conteúdo foi essencial para impulsionar o número de subscritores da “Quartz”, que registou um crescimento de 71% desde 2020.
A “newsletter” mais popular da “Quartz”, continuou Cardoso, é a “Daily Briefs”, que regista uma taxa de abertura de 35%.
Adam Pasick explicou, por sua vez, que a estratégia das “newsletters” foi reforçada quando o “NYT” percebeu que precisava de atrair um maior número de assinantes.
Outubro 21
“Tentámos perceber quais eram os produtos com a capacidade de converter leitores ocasionais em leitores fidelizados. Foi assim que começámos a apostar nas ‘newsletters’. Em 2019, o nosso boletim principal, o ‘Daily Briefing’, atraiu 1,5 milhões de pessoas”.
Na estratégia para desenvolver um boletim informativo de sucesso, “o tom e a linha editorial são essenciais”, afirmou Pasick. “Não são jornais, não são ‘sites’. Os boletins são algo íntimo. Através deles, as pessoas convidam-nos a entrar nas suas vidas. Por isso, temos que estabelecer uma conversa num tom coloquial”.
Além disso, as “newsletters” têm vindo a afirmar-se enquanto um produto de “marketing”.
“Uma das principais conclusões -- explica Pasick -- é que o jornalismo é a melhor estratégia de ‘marketing’. Distribuir bom jornalismo é a melhor maneira de convencer os leitores a tornarem-se assinantes”.
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