Por ocasião do Dia Internacional da Democracia, celebrado a 15 de Setembro, a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) comparou os resultados do Índice Mundial de Liberdade de Imprensa e do Índice de Democracia, publicado pelo The Economist.

A leitura dos dados relativos aos 167 países analisados mostra que os valores estão “empiricamente ligados”, afirma a organização.

“A liberdade de imprensa age como um espelho que reflecte a vitalidade das democracias em todo o mundo. As forças políticas que não garantem a independência dos media põem em risco os pilares da democracia”, disse Blanche Marès, Coordenadora do Índice Mundial de Liberdade de Imprensa e jornalista de dados.

Por exemplo, “ao longo dos últimos dez anos, o mapa da liberdade de imprensa da RSF tem vindo a ficar cada vez mais vermelho, tal como o Índice da Democracia do The Economist”, descreve a RSF.

Durante este período, 16 países viram a sua liberdade de imprensa passar para uma classificação de risco “muito sério”, ao mesmo tempo que 36 países foram tomados por governos autoritários.

Também na última década, o número de países com uma classificação de “democracia plena” caiu para quase metade, relativamente a 2015 (47 países em 2015, e 24 em 2024). No mesmo período, o número de países com situações classificadas como “boas” na liberdade de imprensa caiu para menos de um terço (26 em 2015, e 8 em 2024).

Já quando olhamos para os países concretamente, percebemos que entre as 24 “democracias plenas” se encontram os seis países no topo do Índice da Liberdade de Imprensa — Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Países Baixos e Irlanda.

Recorde-se que, de acordo com a RSF, Portugal está em sétimo lugar no Índice de Liberdade de Imprensa.

Estes são alguns exemplos das análises feitas pela RSF no seu artigo, em que podem ser encontradas outras leituras dos dados e, ainda, gráficos ilustrativos da comparação das tendências nos dois índices.