Começou julgamento do jornalista do WSJ na Rússia apesar dos protestos
Evan Gershkovich, jornalista norte-americano do Wall Street Journal (WSJ), começou a ser julgado no passado dia 26 de Junho, noticiou a Reuters.
As autoridades russas acusam Evan Gershkovich de espionagem e de tentar obter segredos militares. O jornalista poderá enfrentar uma pena de prisão de 20 anos, segundo o código penal russo.
O julgamento acontece à porta fechada, sem acesso à imprensa, família ou representantes da embaixada norte-americana. Ainda assim, dois funcionários consulares conseguiram falar com o jornalista antes de o julgamento começar.
O jornalista foi detido há mais de um ano, no dia 29 de Março de 2023, na cidade de Yekaterinburg, durante uma viagem de trabalho.
Tanto o jornalista, como o WSJ e a administração de Biden negam as acusações feitas pela Rússia.
O presidente dos EUA refere-se à detenção como “completamente ilegal” e o WSJ acusa Moscovo de manter detidos cidadãos norte-americanos para conseguir negociar trocas de prisioneiros.
O presidente Putin admitiu, numa entrevista, que a hipótese de uma negociação deste tipo envolvendo o jornalista estava em cima da mesa.
Evan Gershkovich, de 32 anos, é filho de pais russos, que emigraram para os EUA em 1979. Começou a trabalhar no WSJ em Janeiro de 2022 e fazia reportagens na Rússia desde a invasão da Ucrânia.
(Créditos da imagem: Captura de ecrã de vídeo do Wall Street Journal de apelo à libertação do jornalista Evan Gershkovich)