Tolentino Mendonça receberá prémio Helena Vaz da Silva em cerimónia na Gulbenkian

Nascido em 1965 na ilha da Madeira, Tolentino Mendonça é considerado uma das vozes mais originais da literatura portuguesa contemporânea e reconhecido como um eminente intelectual católico. A sua vasta obra inclui poesia, ensaios e peças de teatro. Destacam-se, também, as suas publicações e intervenções nos “media”.
Na atribuição do prémio, os membros do júri declararam ter ficado “impressionados com a capacidade que Tolentino Mendonça demonstra ao divulgar a Beleza e a Poesia como parte do património cultural intangível da Europa e do Mundo”.
“Queremos homenagear a sua arte de comunicar não apenas através da sua notável poesia, mas também dos seus artigos de opinião publicados na imprensa portuguesa e italiana. Também destacamos a sua forte convicção de que a Igreja não é apenas uma guardiã do seu longo passado, mas que deve estabelecer um diálogo aberto e construir pontes com o mundo da cultura, da arte e do pensamento contemporâneos”, pode ler-se na acta do júri.
O Júri do Prémio, presidido por Maria Calado, Presidente do Centro Nacional de Cultura, é composto por especialistas independentes nos campos da Cultura, do Património e da Comunicação de vários países europeus.
No histórico desta iniciativa, o escritor italiano Claudio Magris foi o primeiro laureado com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva em 2013; o escritor turco e Prémio Nobel da Literatura, Orhan Pamuk, foi distinguido em 2014; o músico catalão, Jordi Savall, foi premiado em 2015.
Em 2016, o cartoonista francês Jean Plantureux, conhecido por Plantu, e o ensaísta português Eduardo Lourenço venceram, “ex aequo”, a quarta edição do prémio; em 2017, o cineasta Wim Wenders foi o vencedor.
Em 2018, a vencedora foi a historiadora inglesa Bettany Hughes e, em 2019, a física italiana Fabiola Gianotti.