Perante a transformação digital dos “media”, algumas publicações jornalísticas passaram a cunhar os seus artigos enquanto NFTs -- ou Non-Fungible Tokens -- como forma de garantir a sua originalidade, gerar mais receitas, e assegurar a sua sustentabilidade financeira.
Conforme recordou o “Laboratorio de Periodismo”, o campo da arte digital foi um dos primeiros a experimentar os NFTs, já que esta forma de “blockchain” permite garantir a autenticidade de uma determinada obra de arte que, de outra forma, poderia ser distribuída, sem autorização, por diversas plataformas “online”.
Actualmente, diversos cidadãos começaram a adquirir este tipo de produto, por acreditarem que o seu valor irá aumentar com o passar do tempo. Por isso mesmo, os “media” quiseram beneficiar das vantagens oferecidas pelos NFTs, o que ajudou diversos títulos a diversificarem o seu modelo de negócio.
De acordo com o “Laboratorio de Periodismo”, a “newsmagazine” “The Economist” foi uma das primeiras a apostar neste novo formato, transformando a sua capa de 21 Setembro, que explorava o mundo das finanças descentralizadas, num Non-Fungible Token.
Assim, pelo preço de 420 dólares, um dos consumidores da “Economist” passou a ser o detentor exclusivo da primeira página daquela edição.
Este montante, recordou o “Laboratorio de Periodismo” foi, entretanto, doado à Economist Educational Foundation.
A “Playboy” foi outra das publicações que já apostou neste novo modelo de negócio, ao transformar 11.953 “coelhinhas 3D” em NFTs.
Estas "coelhinhas 3D”, explicou Jamal Dauda, vice-presidente de ‘marketing’ da Playboy Enterprises, foram inspiradas na iconografia, herança e tradição da revista.
Novembro 21
“A tecnologia está a revolucionar a forma como os consumidores interagem com as marcas mediáticas”, afirmou Dauda. “Na ‘Playboy’, queremos apostar nestes novos modelos, de forma a apostar na construção de comunidades de leitores, em que todos os membros são ouvidos”.
“O nosso objectivo é permitir que os nossos leitores possam adquirir produtos significativos, com um valor diferenciado”.
O mesmo aconteceu no “New York Times” que, em Março, vendeu uma das suas colunas de opinião por 500 euros. À semelhança, da “Economist”, o “NYT” doou este montante a uma instituição de caridade social.
Já a revista “Fortune” foi a que mais lucrou com o negócio dos NFTs, ao ter vendido uma edição limitada da sua publicação por 1,3 milhões de dólares.
Perante o interesse dos consumidores em adquirir este tipo de bens, é provável que um maior número de publicações noticiosas comece a transformar os seus artigos, imagens e colunas de opinião em NFTs.
Desta forma, apontam alguns especialistas em “media”, os NFTs deverão assumir-se, em breve, como um elemento essencial para os modelos de negócio das empresas de comunicação.
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