Jornalistas europeus a leste não escapam às restrições dos “media”…

A retórica contra a imprensa começa, também, a ser uma tendência.No caso da Albânia, por exemplo, a situação é agravada pelo facto ao governo multar agências noticiosas e suspender a sua actividade.
O espaço “online” é, especialmente, hostil para os jornalistas que são vítimas de violência verbal. As ofensas são personalizadas, com os profissionais a receberem ameaças nos ecrãs dos telemóveis e dos computadores, a qualquer hora.
Vários jornalistas entrevistados dizem-se reticentes em partilhar as mensagens que têm recebido, designadamente, para não se mostrarem afectados por esses ataques. As jornalistas são os principais alvos.
Os problemas dos “media” nestas regiões da Europa, resultam de uma combinação regulamentar insatisfatória, pressão financeira de investidores, que querem usar a imprensa como método de auto-promoção. Tais problemas dão origem à concentração do mercado, falta de pluralismo e abuso de poder.
Nessa pesquisa, os jornalistas dos países afectados demonstraram estar cientes da concentração mediática e expressaram, na sua maioria, preocupação com a pressão exercida pelos proprietários dos “media”, que os usam para propaganda pró-governamental e para criticar jornalistas independentes.
Vários governos usam processos judiciais para silenciar estes profissionais, que têm consciência de que são um alvo a abater, monitorizados, em permanência, pelas autoridades.
É comum as chamadas dos jornalistas serem gravadas e os e-mails interceptados. Essas estratégias são usadas como forma de intimidação o que afecta, também, a confiança dos cidadãos na imprensa.
O fio condutor comum nesta pesquisa é, ainda, a frequência com que alguns jornalistas são agredidos por outros colegas, nos seus próprios países.