Defender a “Ética nas Notícias” na era da “pós-verdade”
O texto de apresentação começa por definir 2016 como “um ano sem precedentes na feitura de notícias”, que deixa aos media a questão pertinente de saber “qual é o futuro de um jornalismo ético” num tempo em que, por todo o mundo, há um público em conflito com os factos, a humanidade e o dizer verdade de uma forma responsável.
Depois de nomear alguns desses 16 capítulos temáticos, começando pelos processos eleitorais do Brexit e das presidenciais nos EUA, passando pelas notícias falsas, pelo discurso de ódio, pela perseguição aos jornalistas e por outras questões preocupantes, o mesmo texto propõe sete pontos para fortalecer a missão do jornalismo e o profissionalismo dos media, “mesmo nos locais onde está no poder a política do megafone”, e onde “jornalistas empenhados nos valores da exactidão, da humanidade e da transparência, estão a fazer um bom trabalho e a comunicar com as audiências”.
São eles:
- – Desenvolver soluções práticas e sustentáveis para a crise de financiamento que enfrenta o jornalismo independente.
- – Apoiar a missão pública do jornalismo através de mais investimento em meios de serviço público.
- – Lançar campanhas para combater o ódio, o racismo e a intolerância.
- – Proporcionar mais recursos à reportagem de investigação e a meios de promover as vozes das minorias.
- – Encorajar a adesão a valores éticos na gestão e governo do jornalismo.
- – Pressionar as redes sociais e as empresas da Internet no sentido de aceitarem que, como editores [publishers, no original], têm o dever de monitorizar os seus serviços noticiosos.
- – Apoiar programas alargados de literacia dos media e da informação para tornar as pessoas - incluindo os políticos e outras personalidades públicas - mais conscientes da necessidade de comunicações responsáveis e tolerantes.
O texto de apresentação, na íntegra, e o relatório da EJN