Jornalistas australianos forçados a abandonar a China
Os dois últimos correspondentes australianos na China deixaram o país, depois de terem sido interrogados pelas autoridades e forçados a pedir protecção a diplomatas australianos.
O impasse começou quando os dois repórteres -- Bill Birtles, correspondente de Pequim da Australian Broadcasting Corporation (ABC), e Mike Smith, correspondente de Xangai da Australian Financial Review (AFR) -- foram informados de que eram "pessoas de interesse numa investigação" sobre Cheng Lei, uma jornalista australiana que trabalhava para a emissora estatal CGTN.
Cheng Lei é, de acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês , "suspeita de envolvimento em actividades criminosas que podem pôr em risco, a segurança nacional da China".
De acordo com um comunicado da ABC, antes de Birtles e Smith serem interrogados pela polícia, o governo australiano já os tinha alertado para a situação,
A ABC acrescentou que Birtles, por exemplo, estava numa festa de despedida quando a polícia foi ao seu apartamento, informando-o de que estava proibido de sair do país, e que seria chamado, no dia seguinte, para ser interrogado sobre um "caso de segurança nacional".
Setembro 20
Ambos os jornalistas procuraram, então, refúgio entre as missões diplomáticas australianas em Pequim e Xangai, enquanto Camberra negociava com o governo chinês.
Recorde-se que a relações diplomáticas entre a Austrália e a China têm vindo a deteriorar-se, nos últimos meses, depois de Camberra ter exigido uma investigação sobre as origens da pandemia de coronavírus.
Na sequência deste incidente, o tablóide chinês “Global Times”, apoiado pelo Estado, afirmou que "as acções dos políticos australianos indicam que os mesmos não valorizam os laços comerciais com a China tanto como os seus interesses políticos".
Além disso, Camberra já avisou todos australianos radicados na China de que podem estar "em risco de detenção arbitrária".
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