Jornalistas nos EUA preocupados com futuro da imprensa local
A maioria dos colaboradores de pequenas publicações norte-americanas diz-se pessimista quanto ao futuro da imprensa comunitária no país, revelou uma investigação do Tow Center, citada por Laura Hazard Owen num artigo publicado no “site” do “Nieman Lab”.
Conforme indicou Hazard Owen, este relatório baseou-se em inquéritos realizados, em 2020, junto de 324 jornalistas, que desempenham funções em títulos com uma circulação inferior a 50 mil exemplares. A maioria destes profissionais identificou-se enquanto repórter ou editor.
E, apesar de os pequenos jornais constituírem mais de 97% da imprensa norte-americana, os profissionais dos “media” apresentam-se pouco esperançosos em relação à sua sustentabilidade financeira.
Aliás, dos 324 jornalistas entrevistados, cerca de 61% disseram ter uma “expectativa negativa” ou “ligeiramente negativa" quanto ao futuro dos pequenos negócios da imprensa. Estes resultados apresentam uma inversão das opiniões registadas em 2016, quando 61% tinham “expectativas positivas” relativamente ao seu mercado.
Nalguns dos casos, o pessimismo em relação aos “media” parece ser uma consequência directa da pandemia, já que 43% dizem que a covid-19 fez com que se sentissem menos seguros no seu trabalho.
Os jornalistas inquiridos apontaram, ainda, a televisão e as redes sociais como possíveis causas do desaparecimento da imprensa local.
“As pessoas acham que não têm que ler um jornal porque viram manchetes de notícias na internet, ou seguem páginas de ‘fofocas’ no Facebook”, afirmou um dos repórteres entrevistados.
Outubro 21
“Tem sido difícil manter os leitores interessados nas nossas peças de investigação, nas quais investimos mais tempo e dinheiro”, disse outro profissional. “Numa época de notícias rápidas, torna-se desafiante promover este tipo de artigos, e estamos a ser forçados a mudar para um formato de notícias diárias na nossa plataforma digital”.
Além disso, os colaboradores dos “media” alertaram para o afastamento dos jovens profissionais, que parecem mais interessados em trabalhar nos grandes centros urbanos, do que iniciar as suas carreiras em jornais comunitários.
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