Sundar Pichai, presidente-executivo da Alphabet, dona da Google, disse que o uso da IA atingiu um “ponto de não retorno” e que a empresa está “extremamente bem posicionada”.

Esta semana, a CNBC, informou que a Google começou a testar um chatbot de IA, semelhante ao ChatGPT chamado Apprentice Bard, que usa a tecnologia LaMDA.

O LaMDA, ganhou destaque no ano passado, quando a Google demitiu o engenheiro Blake Lemoine, por este ter declarado em público que o LaMDA era “sensível”. A Google afirmou que as alegações do engenheiro eram “totalmente infundadas”.

Os “grandes modelos de linguagem”, como o LaMDA, são tipos de rede neural que, imitam a arquitectura subjacente do cérebro na forma de computador, recebem grandes quantidades de texto e auto-aprendem a gerar frases plausíveis. O ChatGPT, tornou-se um sucesso depois de ser usado para criar todo tipo de conteúdos, desde redacções escolares a pedidos de emprego.

O banco de dados da DeepMind, unidade de inteligência artificial da Alphabet, com sede no Reino Unido, que contem informações sobre “os 200 milhões de proteínas conhecidos pela ciência, foi utilizado por um milhão de biólogos em todo o mundo”.

Calcula-se que o ChatGPT, tenha atingido 100 milhões de utilizadores desde o seu lançamento a 30 de Novembro.

Descrevendo este crescimento como sem precedentes, os analistas do Banco de Investimento UBS, afirmaram: “Nos últimos 20 anos da Internet, não nos conseguimos lembrar de um aumento tão rápido numa aplicação da internet para consumidores”.

A Microsoft, um dos financiadores da OpenAI, está a integrar o ChatGPT nos seus produtos e já lançou uma versão premium da sua aplicação de comunicação Teams, com funções extras de tecnologia de IA, que incluem anotações de reuniões geradas automaticamente. A Microsoft, também deve implantar os modelos de inteligência artificial da OpenAI, no seu motor de busca Bing.

Michael Wooldridge, professor de Ciências de Computação na Universidade de Oxford, disse que a OpenAI, chamou à atenção das grandes empresas de tecnologia com o lançamento do ChatGPT.

“Conseguiram isso com uma pequena fracção do número de funcionários das grandes empresas de tecnologia, o que deve ter causado consternação nas administrações de Silicon Valley”, afirmou. Acrescentou ainda que prevê “uma corrida frenética para colocar produtos no mercado e garantir uma base de utilizadores”.