A rádio continua a ser um meio de excelência para informação e entretenimento, e dia 11 de Novembro vai nascer uma nova estação, a CM Rádio, criada pela Medialivre, que também edita o Jornal de Negócios

A Medialivre é a única empresa portuguesa de media a estar presente em todas as plataformas: imprensa diária e semanal, generalista, especializada e desportiva, televisão, internet e agora rádio. Olhemos para o que é a realidade da rádio em Portugal com base no estudo da Bareme Rádio da Marktest, relativo ao mês de Setembro.

Assim, 84,4% dos portugueses com 15 ou mais anos ouviram nesse mês rádio pelo menos uma vez por semana. 

Ao contrário da televisão, em que os resultados de audiência são conhecidos diariamente, na rádio a recolha de dados é feita por inquérito telefónico periódico, que permite estabelecer vários parâmetros: o reach, que corresponde ao número ou percentagem de indivíduos que escutaram uma estação de rádio na semana anterior; a audiência média, que representa o conjunto de indivíduos que escutaram uma estação num determinado período horário; e finalmente a audiência de véspera, que nos dá o número ou percentagem de pessoas que escutaram uma determinada estação no período das 24 horas anteriores à pergunta ser formulada.

Este é, na minha opinião, o dado mais relevante para evidenciar qual a estação que as pessoas ouvem habitualmente e da qual se recordam mais. As dez estações mais ouvidas, segundo este critério, são a Rádio Comercial (19,6%), a RFM (16,6%), a M80 (8,8%), a RR (6,6%), a Antena 1 (4,8%), a Cidade FM (4,4%), a TSF (3,2%), a Mega Hits (3,1%) e, empatadas, a Antena 3 e a Rádio Observador (ambas com 2%).

A rádio tem-se mostrado particularmente resistente e, nos anos mais recentes, verificou-se até um reforço da sua audição: tradicionalmente os períodos de audiência de rádio eram quase só a manhã e o fim da tarde, correspondentes ao período em deslocações de automóvel, o principal local onde as pessoas ouviam rádio.

Mas graças às emissões digitais em streaming muita gente começou a ouvir rádio através dos seus smartphones ou computadores, com auscultadores, enquanto trabalha — uma mudança significativa que faz com que hoje a rádio possa ser ouvida ao longo de todo o dia, por novas audiências, e já não apenas no autorrádio ou na clássica telefonia.

(Texto publicado originalmente no Jornal de Negócios)