Morreram dez mulheres jornalistas em 2022, a maioria em zonas de conflito

Dez mulheres morreram no exercício da profissão de jornalista, em 2022, a maioria delas enquanto trabalhava em zonas de conflito, relata a FIJ. Mulheres jornalistas enfrentam desafios extremos ao fazer reportagens no local, desde ataques e ameaças militares até intimidação policial, vigilância e violência sistemática baseada no género. A sua segurança é regularmente colocada em risco, e muitas desenvolveram estratégias para se manterem seguras.
Em algumas partes do mundo existem outros problemas relacionados com a precariedade laboral, como a ausência de contractos de trabalho ou apólices de seguro, a falta de equipamentos de protecção adaptados ao corpo da mulher, formação em segurança, bem como as lacunas na segurança digital e atrasos no pagamento de salários, que obrigam muitas jornalistas a assumir riscos adicionais para sobreviver.
No entanto, reportar de áreas de conflito e tensão também é uma oportunidade para as mulheres jornalistas mudarem a narrativa do conflito, desafiarem os estereótipos de género e reportarem de forma diferente. As vozes das mulheres são cruciais para a compreensão total das histórias. E às vezes ser mulher é uma vantagem para aceder a certos lugares e fontes.
A FIJ pede para pressionar os governos a ratificarem a Convenção nº 190 da OIT contra a violência e o assédio no mundo do trabalho. Também solicita o apoio à Convenção da FIJ sobre segurança e independência de jornalistas.